quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Shut The fuck up

Odeio pessoas que se explicam demais. 

Que sentem a necessidade urgente de explicar tudo... O que fizeram, porque fizeram, como fizeram, porque pensaram em fazer, que caminho seguiram para fazer, o que as motivou a fazer, ando so on, ando so on, and so on.


Imagem da Internet

Isto, porque hoje fui a uma superfície comercial, da qual não digo o nome, mas adianto que começa com W, acaba en TEN e tem OR no meio, e a simpática colaboradora que me atendeu, decidiu que era o dia de fazer boas acções e elegeu-me simpaticamente como a sua cobaia, quando me limitei a solicitar uma informação simples. 

Passo a explicar:

Eu, toda catita, com o meu Mr. M. pelo bracinho, fui toda sorridente a essa loja, em que nos pedem para wortar sempre, e eis que peço à simpática menina que me passe para cá uns bilhetitos que havia encomendado pela ticketline. Até aqui, pacífico.

E começam os obstáculos. 

A simpática menina, que tinha os olhos mais mortos que vivos, explicou-nos que o computador estava avariado, mas que já tinha enviado um e-mail para a informática a reportar a situação, no entanto, nada podia fazer para ajudar nesse momento. Mas lá pensou melhor e achou que afinal até podia, e decidiu explicar-nos o sucedido, DETALHADAMENTE. Então, para nossa felicidade, explicou que o computador avariou e não conseguia imprimir os bilhetes, mas podia ligar para a ticketline para saber se poderíamos levantar os ditos numa outra loja. Pelo meio, decidiu que podíamos também fazê-lo na concorrência e lá nos disse (um pouco a medo) outras lojas onde poderíamos adquirir os mesmos. Contudo, após reflectir no assunto, achou que não devia sugerir outras lojas e tentou cativar-nos novamente, disponibilizando-se para ir ligar à ticketline. UFA...Até já estou cansada. 

Passado 30 segundos voltou e disse assim:

- Olhe, afinal pode ir levantar em qualquer uma das nossas lojas. Fui rápida não fui? É que perguntei ali ao meu colega, que até já foi responsável por esta secção dos bilhetes e agora está ali, e ele disse-me logo que podiam ir a a qualquer uma das nossas lojas levantar os bilhetes. É que eu fui lá, porque tinha dois números da ticketline, e ia perguntar para qual devia ligar, mas ele disse-me logo. Foi por isso que foi tão rápido. É que o nosso computador dos bilhetes está avariado e até já mandamos um e-mail. Porque mandamos um e-mail que dizia que estava estragado e para virem arranjar, mas não sei quando vêm. Mas pronto, podem ir a qualquer uma das nossas lojas. Obrigada e boa noite.

Bem... foi dos atendimentos mais estranhos que já me fizeram. E gastou tanta saliva quando podia resumir a coisa a:

- Peço desculpa mas o nosso computador está com problemas e terá de se dirigir a outra loja nossa para levantar os bilhetes.

Et Voilá! Com meia dúzia de palavrinhas e 3 minutos resolvia a coisa. 

A título de exemplo:

Short version: A Josefina deu um peidinho. 

Versão detalhada: A Josefina, que é aquela moçoila alta e espadaúda que até é prima do cunhado da minha tia, no outro dia, quando fomos às compras, disse-me que estava à rasca da barriga, cheiinha de gases. Acho que comeu uns bróculos estragados. porque foi jantar com o namorado a um tasco um bocado manhoso, ali para os lados do Cerco. E então, como estava muito aflitinha da barriga, por causa dos bróculos, encostou-se à parede e alçou a perninha, aí uns 30 graus, e depois sentiu assim uma pressãozita na nalga e deixou escapar um arzinho, que por sinal roncou um bocadito, e deu um peidinho. E foi assim. 

Precisava deitar cá para fora.



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